Informações essenciais para melhorar o treino através da Nutrição
Alimentação no Desporto!
Antes, durante e após o treino/competição, a alimentação deve ser considerada como parte da preparação para o desempenho do atleta.
Uma alimentação completa, variada, equilibrada e energeticamente adequada, permite atingir as necessidades em hidratos de carbono (3 a 12 g/kg/dia), proteínas (1,2 a 2,5g/kg/dia), gordura (>20% do valor energético total) e micronutrientes.
As recomendações para a alimentação de um atleta e da população em geral diferem nas necessidades energéticas e ingestão de líquidos, de modo a anular as perdas pela sudação para desempenhar o exercício por parte dos atletas.
Quando o objetivo for aumentar os requisitos energéticos, primeiramente devem ser aumentadas as porções à base de hidratos de carbono (pão, cereais, leguminosas, leite e derivados, hortícolas e fruta). Se as necessidades energéticas forem reduzidas, os alimentos devem ser de elevada densidade nutricional e baixa densidade energética (muitos nutrientes e poucas calorias).
“Boas escolhas alimentares não farão de um atleta medíocre um campeão, mas más escolhas alimentares podem impedir um potencial campeão de atingir o seu potencial.“ Ron Maughan
As características gastrointestinais, a duração e intensidade do treino são dois fatores a ter em consideração, no momento de determinar os horários das refeições e lanches perto da hora do treino.
Sabe-se que a refeição que antecede o exercício físico melhora o rendimento desportivo, sendo que esta refeição deve preparar o atleta para a atividade que se segue, eliminando a sensação de fome e permitir o esvaziamento gástrico dos alimentos não digeríveis.
Desta forma, o que comemos vai determinar não só a quantidade, mas também a qualidade energética nutricional.
Então, mais importante que a quantidade total é o perfil de ingestão, a quantidade de alimento, o momento da ingestão e a fonte alimentar. No entanto, será necessário obter um plano alimentar individualizado, personalizado e adequado à modalidade.
Informações Gerais sobre a Alimentação no Desporto
Proteína
Principais funções das proteínas
1. Manutenção do balanço hídrico;
2. Potencial fonte de energia;
3. Formação de glicose;
4. Formação de anti-corpos (sistema imunitário);
5. Contribuição para o balanço ácido-base;
6. Construir, reparar e manter todos os tecidos corporais (ex: músculo).
Para assegurar a síntese e regeneração proteica, um atleta de endurance deverá ingerir a quantidade de proteína necessária.
A perda de leucina é compensada através da ingestão de proteína. A leucina é um aminoácido essencial que é oxidado em quantidades apreciáveis durante exercícios de endurance.
Necessidades de ingestão proteica para intensidades de treino
Baixas a moderadas: 1,0g/kg/dia (para atletas com ingestão adequadas de energia e de hidratos de carbono);
Altas: 1,6g/kg/dia (atletas de elite e modalidades de força).
Sob o mesmo ponto de vista, a recomendação de ingestão de proteína para a população em geral é de 0,8g/kg/dia.
Neste contexto, torna-se pertinente referir que através da alimentação as recomendações de ingestão proteica conseguem ser atingidas. Não se verificando a necessidade do uso de suplementos e aminoácidos.
Hidratos de Carbono
As maiores fontes de energia durante o exercício são as reservas de gordura e de hidratos de carbono.
Enquanto as fontes de gordura são relativamente abundantes, as fontes de hidratos de carbono são limitadas.
A alimentação do atleta irá permitir suportar a demanda de substrato energético por parte do músculo e permitir um rendimento máximo, adaptação e recuperação adequadas.
Logo, restabelecer as reservas de hidratos de carbono diariamente é um fator fundamental.
Necessidades de ingestão de hidratos de carbono consoante o tipo de exercícios
Baixa intensidade: 3 – 5 g/Kg corporal/dia;
Moderada (cerca de 1h/dia): 5 – 7g/Kg corporal/dia;
Alta (cerca de 1 – 3h/dia): 6 – 10g/Kg corporal/dia;
Muito alta (> 4 – 5h/dia): 8 – 12g/Kg corporal/dia.
Gordura
A fração desejável de gordura na alimentação situa-se entre os 20 a 35% do valor energético total diário, sendo esta a recomendação para a ingestão de gorduras e, é similar à da população em geral. Dentro das gorduras, 10% é a recomendação da proporção de energia proveniente dos ácidos gordos saturados, monoinsaturados e polinsaturados.
As gorduras consumidas nas proporções recomendadas são bem toleradas e têm diversos efeitos benéficos, tais como: transporte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), proteção contra o frio, desenvolvimento do cérebro e visão, reserva energética, proteção dos órgãos vitais de agressões externas, grandes fornecedores de energia e conferem características organoléticas aos alimentos.
No entanto, quando consumidas em excesso, os efeitos são prejudiciais e rapidamente se reflete no nosso estado de saúde.
Em atletas, dietas com teor de gordura (<35%) não são recomendadas, pois podem causar desconforto gastrointestinal. Por outro lado, consumir apenas 20% do valor total de gordura não beneficia no desempenho do atleta.
Fluídos
A hidratação é de extrema importância para um desempenho desportivo ótimo. Este processo não é só fundamental ao longo do dia como antes, durante e após o exercício.
Ao contrário, a desidratação pode interferir no desempenho do atleta e, ainda em casos mais graves, colocar em risco a vida do mesmo.
Necessidades de fluídos e eletrólitos
Antes do exercício: 4 horas antes do exercício o atleta deve ingerir entre 5 – 7 ml/Kg de peso corporal de fluídos;
Se o atleta apresentar sinais de desidratação 2h antes do exercício deverá beber 3 – 5 ml/Kg de peso corporal;
Durante o exercício: Em treinos superiores a 1 hora deverá ser acrescentado à água: 0,5 – 1 g HC/Kg de peso corporal/hora, ou 30 – 60 g de HC/hora;
Depois do exercício: 450 – 675 ml/ por cada ½ kg de peso perdido durante o exercício.
“Quem trabalha com atletas vê isto muitas vezes: temos atletas que são muito bons e comem muito mal. Aquilo que nós não podemos deixar de pensar nessas situações é, se este atleta comesse melhor, se calhar tinha menos lesões.“ Rui Abreu
Acabe com o papel no seu Ginásio!
Inove o seu modo de Reservas!
Otimize a produtividade da sua Equipa!
Simplifique o Acompanhamento Nutricional!
Aumente a Taxa de Retenção!
Acabe com o papel no seu Ginásio!
Inove o seu modo de Reservas!
Otimize a produtividade da sua Equipa!
Simplifique o Acompanhamento Nutricional!
Aumente a Taxa de Retenção!
Acabe com o papel no seu Ginásio!
Inove o seu modo de Reservas!
Otimize a produtividade da sua Equipa!
Simplifique o Acompanhamento Nutricional!
Aumente a Taxa de Retenção!
Resumidamente, o que devemos reter sobre a Alimentação no Desporto?
Como referido anteriormente, um plano alimentar deve ser elaborado individualmente, personalizado e adequado à modalidade.
Ainda mais, cada caso é um caso, pois quando falamos na alimentação de um atleta, não podemos generalizar, por exemplo, se pensarmos em um culturista e um maratonista, facilmente conseguimos perceber que a alimentação de ambos não vai ser igual.
Com este tópico pretendemos indicar alguns conceitos/ideias a reter sobre a Alimentação no Desporto, de modo a ter uma preciosa ajuda da nossa parte!
Fonte: Nutrição no Desporto, 2016 – Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.
Nutrição, treino e competição, 2016 – Instituto Português do Desporto e Juventude.
0 Comments